A obra acompanha a trajetória da Vila Itororó, desde sua idealização e construção por Francisco de Castro, num momento crucial de modernização de São Paulo, no início do século XX, passando pelas dinâmicas internas do conjunto após a morte de seu construtor, até quando a função residencial no espaço passa a ser ameaçada.
Sarah Feldman e Ana Castro propõem uma história da Vila Itororó como parte das dinâmicas e contradições da complexa metrópole paulistana, e não como um objeto isolado. A partir das relações com as transformações da cidade e do entorno, as autoras investigam a sobrevivência da Vila como um espaço de moradia de aluguel durante todo o século XX e as formas de apropriação deste importante conjunto arquitetônico pelas diferentes gerações que lá viveram.
Apoiada numa ampla pesquisa em arquivos e acervos, mesclada a entrevistas com ex-moradores e familiares de seu idealizador, a obra é o segundo livro da série Cadernos Vila Itororó Canteiro Aberto editados pelo Instituto Pedra e pela Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo.