Um dos objetivos dessa residência tem sido transformar o experimento cênico “Casa de Fayola” em um espetáculo teatral inédito.
Fayola e Alexandre cresceram juntos na Vila Itororó, na adolescência foram o primeiro casal de mestre sala e porta-bandeira da escola de samba G.R.C.E.S Quilombo Itororó. Fayola é uma importante zeladora de tradições culturais e líder na resistência desta comunidade contra a cobiça das transformações urbanas e das pressões econômicas sobre o emblemático território, localizado no Bixiga em São Paulo. Alexandre abandona a Vila em busca de uma vida melhor, regressa do exterior na época do carnaval depois de 5 anos para um encontro decisivo com Fayola. Sonha em viver com ela longe do lugar onde cresceram juntos, mas ela se mantém firmemente unida ao lugar e à sua cultura.
A dramaturgia do espetáculo Casa de Fayola é baseada no conto “A Casa de Fayola” de Abílio Ferreira, publicado originalmente no 8o. Caderno Negro1 (1985). O conto narra a história conflituosa de Fayola e Alexandre, um casal negro que vive na Vila Itororó. A Vila Itororó é um conjunto de casas no bairro do Bixiga, histórico bairro negro na região central de São Paulo. O Impulso Coletivo atua no local desde 2008, tendo criado “Cidade Submersa” (2010), sua primeira peça no mesmo local junto aos moradores da Vila Itororó, que lutavam para permanecer lá.
Direção e elenco Jorge Peloso e Camila Andrade
Dramaturgia Alexandre Rosa e Abílio Ferreira
Documentarista e fotógrafa Alicia Peres
Direção Musical e Músico Nivaldo Claudino e grupo
Preparação vocal Marina Afares
Direção de movimento Amanda Corrêa
Direção de Arte Gil Oliveira
Preparação de mestre-sala e porta bandeira Sueli Silvestre, Monalisa Bueno e Jonas Mattos, Cisne do Amanhã e Amespbeesp
Identidade visual Eto Valadão e Jorge Peloso
Iluminador e técnico de som André Rodrigues
Técnico de som Alê Vianna
Produção geral e financeira Camila Andrade e Jorge Peloso
Produção executiva Eto Valadão Nice Azevedo
Concepção geral: Impulso Coletivo