O projeto Ciclos e Fluxos nasceu da vontade de duas amigas de somarem suas experiências para inspirar uma visão integrada de mundo e promover a regeneração de espaços por meio da arte. 

Anna Cecília Junqueira é atriz, diretora, performer, poetisa, produtora e professora de yoga. Formada pelo Teatro Escola Célia-Helena e pelo Curso de Formação de Atores do Centro de Pesquisa Teatral (CPT), onde atuou no projeto “Pret-à-Porter – Coletânea 1,” coordenado por Antunes Filho, participa há mais de 15 anos de espetáculos com o GRUPO TAPA, com direção de Eduardo Tolentino, como “O Jardim das Cerejeiras” (Em comemoração aos 40 anos do Grupo, em que foi selecionada como melhor atriz coadjuvante pelo site Observatório do Teatro), “Senhorita Júlia”, “O Ensaio” e “Recordar é Viver”. Também foi uma das fundadoras da companhia AKK de Nelson Baskerville, quando atuou nos espetáculos “17 x NELSON”- O Inferno de Todos Nós” e “Camino Real”. Atuou no monólogo “Natureza Morta”, de Mário Viana com direção de Eric Lenate, e em espetáculos dirigidos por Marcelo Rubens Paiva, Lavínia Pannuzzio, César Baptista, Carlos Baldin, Marcelo Lazzaratto, Carla Candiotto, Hugo Possolo, Ruy Cortez e José Roberto Jardim. Na TV, participou de séries na TV Cultura e no Canal Fox e das Novelas “Poliana Moça” e “Amigas e Rivais” do SBT. No cinema, participou de curta-metragens, séries na Fox e Disney Channel e do longa “No Olho da Rua”, de Rogério Correa. Como diretora artística, coordenou e produziu a primeira exposição do artista plástico Romero Britto no interior de SP, e trabalhou durante 4 anos na Funarte/SP, participando da formulação de editais e programação das salas dos espaços de artes cênicas, música e artes visuais. Em 2008, criou o projeto Gambiarra -a Festa, uma das maiores festas de música brasileira do País, e o Bloco de Carnaval Gambiarra (2015), onde atua há 15 anos como Diretora Artística, coordenando cenografia, produção e shows de grandes nomes como Glória Groove, Fernanda Abreu e Duda Beat, por exemplo, e viagens do projeto pelo Brasil e exterior.

Em 2020, criou a performance de rua “Liberte um Sorriso”, selecionada para a abertura da Virada Sustentável 2020, para integrar a Bienal Black Brazil Art (sendo um dos espetáculos destacados no catálogo da Bienal) e para participar do Festival Internacional Mime In Motion, em Montpellier, na França. Como autora, venceu o concurso literário da Editora Café com Literatura, integrando a publicação “Coletânea Literária 2020: contos, crônicas e poemas”, com seu primeiro poema publicado “Cosmo-Visão ou Ego Tripa para o Fim do Mundo”. Em 2021, criou, dirigiu e atuou na performance “Natureza Morta-Viva”, inspirada no monólogo de Mário Viana, que integrou o projeto “Oferendas” da fazenda criativa Terra Mulungu e ganhou o Edital de Ocupação das Residências da Vila Itororó com o projeto “Ciclos e Fluxos”, onde criou a performance “Coleciono Retalhos de Memórias”.

Antes disso tudo, no entanto, Anna foi jornalista e, ali perto da virada do milênio, trabalhou na redação do Jornal da Tarde, onde conheceu a Carolina Hanashiro, a outra metade dessa dupla. 

Jornalista de formação, Carol trabalhou por mais de 20 anos em veículos da grande imprensa e na comunicação de marcas. Foi Diretora Global de Conteúdo da Campus Party, onde era responsável pela curadoria e coordenação de palestras, oficinas e concursos de mais de 15 áreas de conhecimento em seis países. Em 2017, atuou como Diretora de Comunicação da Virada Sustentável e, um ano depois, já com sua própria empresa, passou a desenvolver projetos de transformação de espaços e experiências de conexão com a natureza para outras empresas, escolas e centros culturais. Foi cocriadora e sócia da Escola da Terra, um projeto inovador que, em 2019, transformou uma laje ociosa da cidade de São Paulo em uma grande horta agroecológica e espaço de convivência, educação ambiental e troca de saberes.

Em 2021, fundou a UNA, empresa de impacto socioambiental que busca inspirar as pessoas e transformar hábitos e espaços para fortalecer uma cultura colaborativa, empática e de integração com o meio ambiente. Nos últimos anos, Carol vem participando de diversas formações nas áreas de educação ambiental, botânica, sustentabilidade e cultura regenerativa, entre elas o Gaia Education. Foi voluntária da organização The Climate Project (hoje Climate Reality) e atualmente é conselheira do CADES – Vila Mariana e integrante do Instituto Lixo Zero, da Rede Desacelera-SP, da Rede ACT Promoção da Saúde, do Fórum Verde Permanente e de diversos coletivos que promovem discussões e ações de melhoria do espaço público, adoção de hábitos sustentáveis e apoio à diversidade.

Juntas, Anna e Carol ocupam o apartamento número 1 da Vila Itororó com o projeto Ciclos & Fluxos de residência artística.

A abertura do Edital de Ocupação da Vila Itororó veio ao encontro do nosso desejo de pesquisa coletiva pautada pela vontade de inspirar uma visão integrada do mundo, tanto em termos artísticos como ambientais. Rica em histórias e memórias, testemunha das mudanças do modo de viver e ocupar São Paulo, local de convivência e trocas, a Vila Itororó mostrou-se o território perfeito para aterrisarmos nossos sonhos. 

Assim, nossa proposta vem sendo desenvolver o projeto Ciclos & Fluxos, regenerando a Vila e, ao mesmo tempo, desenhando possibilidades de ações permanentes que levem transformação não apenas ao local, mas também à sua comunidade. 

Por meio de vivências, aulas, rodas de conversa e performances, abertas e gratuitas, buscamos resgatar a memória do espaço, sensibilizar os indivíduos para questões urgentes na busca de menos impacto ambiental e maior igualdade social, provocar ações transformadoras e levar mais vida ao local.

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